A Felicidade é uma arma quente
Muitos falam que buscam viver em paz, com saúde, e com felicidade. Mas eu não acredito que exista felicidade efetiva, o homem sempre acha uma maneira de esquecê-la. Estuda, doa, trabalha, se sacrifica, o homem faz tudo para viver nessa outra dimensão que é a felicidade. O tempo? Experiência? Realização profissional? Muito se ensina de como chegar e o que traz essa tal felicidade, mas nessas terras, conhecidos não chegaram. Não acredito que o homem possa viver em paz com a felicidade, se nem com nós mesmos vivemos. Então, que infernos estamos fazendo aqui? Tenho certeza que não é para se viver em dor e medo. Faças o que tu realmente acha que é certo, sem a preocupação de agradar a tua sombra, que viverás em paz contigo mesmo.
Mas e a felicidade? Os melhores momentos da nossa vida nascem e morrem em frações de segundos, mas vive para sempre nos nossos corações. Estes, nascem e morrem nos olhos um segundo antes do sim, eu aceito, no será que é ela, no fechar dos olhos para o beijo, na palavra engasgada, no sentir uma mão nas nossas, no fechar dos olhos para as lágrimas, no arrepio, no beijo na chuva, nos olhos querendo se esconder, na palavra não pensada, no eu te amo, pai, mãe, no segundo antes da surpresa, na carta inesperada, na certeza do abraço de um amigo, no decifrar do rosto, na chegada, no colidir dos olhares, nas primeiras letras do seu nome, no sim para o sacrifício, nas batidas fortes da porta, no se esforçar, na espera do olhar, nas tardes sozinhos, na angústia antes da emoção, enfim, nossa felicidade nasce no segundo antes, e morre no segundo depois. Dispara-se, e enquanto estiver quente, o coração bate mais rápido. Bate feliz, mesmo que a razão humana não decifre essa sensação, o coração a guarda, e nos mostrará ao decorrer da caminhada. Um homem feliz é aquele que dá valor a esses momentos, segundos, que se somam no desenrolar da vida.
Se nós pudéssemos olhar nossos olhos nesses momentos de felicidade, se pudéssemos pensar de novo o que estávamos pensando, sentir o que sentíamos, se pudéssemos, nasceria um segundo antes, morreria um segundo depois.
(*) Manoel César de Alencar Neto (Mané): É estudante do 2º ano do Ensino Médio no Colégio Objetivo Guarabira.
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