Banalidade eleitoreira
(*) Giordana Gomes de Moura
Na campanha política atual tudo está sendo válido.Desde arrastões repletos de "eleitores" correndo de um lado para o outro sem saber ao certo o sentido daquilo até utópicas promessas, árduas perseguições. A pergunta que não quer calar pelos quatro cantos da cidade é: -"Vais votar em quem?"Seguida da sugestão:- "Vota em fulano (a)".Por todos os lados bandeiras são erguidas, há uma infinidade de paródias em cima de músicas toscas e vazias, inúmeros boatos e "intriguinhas" se proliferam a cada minuto-é assim que se caracteriza o cenário político (ou politiqueiro) das eleições municipais das quais tenho notícia.
Fofocas estão no ar!Não se pode declarar o voto, pois a oposição àquele voto persegue o "declarante" correndo o risco de serem cortadas até mesmo relações pessoais, deixando clara essa distorção de valores que se evidencia nesse meio. O eleitor não tem espaço para analisar com liberdade quem vem a ser o melhor candidato, pois os integrantes dos partidos estão por todos os lados atentos de uma forma tão berrante que parece até que lêem os pensamentos dos eleitores; há uma indireta agressão a democracia meramente eleitoreira que ainda nos havia restado.
A carência do povo na hora de votar é tão acentuada que aqueles aspirantes ao poder buscam várias maneiras de trapacear para que não haja malogro em suas candidaturas. Denigrem o panorama de sensatez política que deveria vigorar, revelando claramente, para aqueles que tem o mínimo de bom-senso, o quanto precisamos de bons políticos, de boas idéias, de decência na hora de prometer e principalmente no momento de cumprir o prometido. Algumas exceções existem nesse meio, não há generalização nessas características abordadas, mas essas ressalvas são minimizadas cada dia mais.
É vergonhosa essa realidade que o desejo pelo poder forma numa sociedade hipócrita e gananciosa, que confunde a "arte de governar" com a inveja, a disputa desonesta, a exploração desenfreada, a persecução, em suma, com a deformação dos valores políticos. A maneira mais correta de fazer política ainda não se sabe, no entanto isso não justifica essa sórdida apelação daqueles que em prol de seus interesses usam da medíocre "politicagem".
(*)Giordana Gomes de Moura é acadêmica de Direito pela UEPB email: giordanadireito@hotmail.com
11 Comments:
show de bola
Show de bola...
André
D+, sem comentários...
arrasou Gio!
bjo
Henrique
Grande GIÓ!
Como sempre sendo precisa em seus textos. Realmente uma descrição intocável. Continue assim garota.
Impressionante como as pessoas mudam em época de campanha política.
João Batista
Gio,
Mais uma vez você descreveu o que todos nós temos vivido e visto nesses últimos meses.
Bem, sem comentários...
Só queria dizer que é muito bom poder encontrar textos assim pela internet, que nos dão uma nova visão a tudo!
Beijão! Tou com saudades já!
Samara
Cunhada,
Parabéns pelo texto crítico e inteligente ao abordar este momento político em que vivemos; você retratou muito bem o sistema "eleitoreiro" de nossas cidades.
Continue firme na arte de escrever, você tem um futuro brilhante. Um imenso abraço da cunhada que te estima: Joelma
Este comentário foi removido pelo autor.
Oi Gio!!!
Política é algo muito complicado, principalmente quando se está diretamente envolvido, que é o meu caso. Tenho visto tanta coisa vergonhosa por onde ando que as vezes eu não acredito no que meus olhos estão vendo. Sabemos que a política corroe, mas venho me mantendo fiel aos meus ideais e opiniões, e não to me deixando levar por pressão de A ou B.
Ahh!!! Esqueci a identificação...hehehehe!!!
Bjo pra tu Gio!!!
Ângelo
Ainda bem q aqui em Brasília não tem eleiçoes esse ano, pq essas coisas sao chatas mesmo hehehehhe.
te adoro gio
hugo
Gio, arrasou mais uma vez, não só nossa democracia é uma piada, em nenhum lugar do mundo há democracia, ainda mais essas campanhas de araque de cidades como a nossa, onde muitas pessoas não conseguem diferençar política e relações pessoais!
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