:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

quinta-feira, janeiro 26, 2006

O drama da explosão populacional




(*) Luiz Elias Miranda


No fim do século XVIII, um economista, demógrafo e pastor da igreja anglicana britânica chamado Thomas Malthus escreveu um ensaio na qual ele prevê que o aumento populacional sempre superará a produção de alimentos, sendo assim necessário o controle da natalidade. Ele afirmava que a produção de alimentos crescia como uma progressão aritmética (... 2, 5, 8, 11...) enquanto a população crescia num ritmo de progressão geométrica (... 2, 6, 18, 54...). Hoje vemos que a tese de Malthus estava errada (apesar de muitos ainda defenderem suas idéias), percebemos sim que há um problema na distribuição de alimentos enquanto muitas pessoas possuem alimento em excesso e há um imenso desperdício (com alimentos que poderiam ser consumidos por pessoas indo para o lixo ou virando ração animal sem necessidade). Pesquisas afirmam que hoje há capacidade para a produção de alimentos para nove bilhões de pessoas, portanto, temos alimentos para matar a fome de todas as pessoas do mundo e ainda sobra um excedente para aproximadamente três bilhões de pessoas.
Mas o único problema não é a falta de uma boa distribuição de alimentos, a também o problema da explosão demográfica, desde o século XIX que a população do mundo não pára de crescer, graças aos avanços da revolução sanitária desta época, foi possível diminuir a mortalidade entre crianças e aumentar as expectativa de vida da população adulta. Mas a revolução não parou por aí, ainda hoje está revolução médico-sanitária está em desenvolvimento buscando uma qualidade de vida melhor para as pessoas.
Mas, o ‘boom’ populacional mesmo veio acontecer após as duas guerras mundiais, num período onde foram ceifadas mais de 50 milhões de vidas, a humanidade experimentou um crescimento nunca antes visto em termos quantitativos, até a década de 1950, só éramos dois bilhões, hoje já somos mais de seis, a prática do amor livre e paternidade irresponsável das décadas de 1960 e 1970 contribuíram muito para este crescimento desenfreado, a chegada dos avanços médicos sanitários à América Latina e Ásia também foram outro ponto que contribuiu para este crescimento monstruoso.
Mas, da mesma forma que a população cresceu a produção de alimentos também cresceu, mas de forma desigual, enquanto países com Bangladesh exporta quase tudo que produz e sua população passa fome, países como o Japão que não produzem quase nada tem fartura alimentar por causa do alto poder aquisitivo de sua população.
Enquanto essa desigualdade e falta de sensibilidade de alguns países mais ricos perdurarem, ainda veremos esses absurdos que acontecem por aí, em pleno século XXI, uma pessoa morrer de fome deveria ser inadmissível, um verdadeiro crime praticado muitas vezes por empresas transnacionais que controlam a produção de alimentos em vários países do chamado terceiro mundo.


(*) Luiz Elias é estudante de direito da Universidade Estadual da Paraíba. E-mail: luizelias_recht@yahoo.com.br

domingo, janeiro 08, 2006

Uma pausa




Na vida nem sempre se segue uma linha. Retidão, comparação, analogia...isso é tudo relativo. Uns se comportam de determinada maneira e conseguem resultado diverso de outros obtidos através de atitudes similares. Fazemos nosso roteiro achando que com nossa parte sendo feita chegaremos ao lugar desejado, conseguiremos realizar nosso sonho. Talvez por estarmos seguindo uma regra, por o caminho ser esse único; seguimos exemplos,dicas,rituais. Tentamos realizar passo a passo o que parece ser a fórmula da realização.
E nesse emaranhado, nessa luta, nessa mistura de fé e renúncias, nos confundimos quando chegam os resultados. O por que de tanta garra, de tanto empenho, está escrito na esperança, no sentido de buscar algo. Mesmo assim, tentando fugir do malogro incessante, ficamos rufinos, desacreditados com o fracasso que vem ao nosso encontro.
Embora perder seja conseqüência de um cotidiano que apesar de constante, dada sua seqüência, se move de mudanças, o pior de tudo é que quando lutamos com todas as nossas armas, sem buscar prejudicar ninguém, com bom-senso, com alegria, fé, muita esperança, força interior e simplesmente nos deparamos com o fim do sonho, não por circunstancias provenientes do alheio, mas por algo que estava faltando em nós mesmos. E não sabemos bem o que era, qual o caminho, o que se guardava para nós. Só sabemos que algo fizemos de errado, talvez um ato ou uma omissão.
E há tanto tempo não conseguia concluir um raciocínio preenchendo linhas. Há tanto tempo estava com um saco amarrotado de pensamentos que não conseguiam se expressar. É, apesar das perdas, dos desvarios tolos, das dores frustradas, das decepções em demasia,sempre se colhe algo de bom-o que também é relativo.
(Texto escrito em Novembro de 2005).
Giordana é estudante da UEPB.