:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sábado, agosto 12, 2006

O pai de um “sanguessuga”

(*)Henrique Toscano Henriques

O que pensará o pai de algum deputado ou senador da República envolvido na máfia dos Sanguessugas ao receber seu presente de dia dos pais? Procurará ele saber se tem nota fiscal? Se a empresa que emitiu tal nota foi correta em sua descrição?Ou então fará uma breve pesquisa pra saber se constam como proprietários pessoas com sobrenome Vedoin??
O pai do sanguessuga é o exemplo típico do enganado, do lesado, do escoriado emocionalmente.É o pai com vergonha do filho, e não com orgulho de vê-lo como homem a serviço do Brasil.Estarão eles se perguntando como isso foi acontecer e como o rebento, revestido dos melhores conselhos, foi cair em tentação.Deve sentir ele uma pontada no peito nesse momento, uma sensação louca de uma iminência de enfarte, mas recua com a própria dor, pois sabe que as ambulâncias da Planam não possuem desfibriladores.
Certo de que em algum momento errou e foi condescendente com atitudes não muito éticas no tempo em que o Júnior colecionava feridas nos joelhos, procura em mente o que no passado originou o anelídio aqueta engravatado.Revive os momentos da infância do Jr. e tenta observar seu comportamento entre os garotos de mesma idade.Será que ele subtraía os carrinhos dos outros garotos? Ou será que subornava os outros meninos pra que ele revelassem os esconderijos dos outros nas brincadeiras de esconde-esconde? “Sempre achei que com ele contando a brincadeira terminava rápido demais”, calcula o pai.
Procurou na mente e achou que devia ser porque o filho tinha fixação por carros com sirenes, mas logo ambulâncias, meu Deus, para si e não para o povo, afundou em sua cadeira de balanço absorto com suas conclusões.
A dor do pai do sanguessuga deve ser imensa, deve ser fudida de se sentir ( exceção aos casos de sanguessugas treinados em casa por pais mafiosos), mas ele tem com quem compartilhar, com milhões de nós que também fomos enganados, mas não pode,pois agora, neste momento, tem que consolar a mãe do sanguessuga, mais atacada moralmente, pois em cada esquina se escuta, político filho da P***!

(*) Henrique Toscano Henriques é aluno da UEPB e faz Direito. email:hthenriques@uol.com.br

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

�timo texto, Henrique! Esse t� do jeito que eu gosto, um texto simples e de efeito. Parab�ns!

quinta ago. 17, 04:13:00 da tarde 2006  

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