:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

quarta-feira, agosto 09, 2006

A questão israelense


(*) Luiz Elias Miranda

No século XX este foi um dos atos mais cometidos pelo ser humano, segundo pesquisas da ONU, nenhum dia do século passado terminou sem que uma vida humana fosse ceifada por algum tipo de conflito.

A guerra é fenômeno mais antigo que até mesmo a formação do Estado, tribos em tempos remotos já guerreavam por motivos quaisquer, no século XXI, diferente do que acontecia em outros tempos, as guerras em sua maioria não são motivadas por causas políticas ou ideológicas, a guerra do terceiro milênio essencialmente é uma guerra de motivação econômica.

Nos últimos dias temos acompanhado pelos noticiários as agressões de Israel ao Líbano, a pergunta principal neste conflito (que está mais para um massacre por parte de Israel, não respeitando os civis, descumprido todas as convenções de direito internacional tendo, inclusive, surgido denúncias que tenha ocorrido massacre de civis por partes do exército israelense) é sobre sua legitimidade, é correto que Israel invada um país com o simples argumento de que ele abriga terroristas?

A chamada ‘guerra contra o terror’ é uma luta sem sentido, como conseguirá um Estado lutar contra um inimigo sem ‘rosto’ já que o princípio básico do Jus Belli é que as guerras sejam travadas entre Estados nacionais.

Apoiado pelos EUA no conselho de segurança que insistentemente veta todas as resoluções que busquem sancionar Israel, a ONU fica literalmente de “mãos atadas”, sem nada poder fazer além de fornecer ajuda humanitária (ação que também está prejudicada pelos grotescos atos de Israel tem perpretado, não respeitando forças humanitárias como a cruz e o crescente vermelho).

O grande problema do conflito no oriente médio é a falta de diálogo, os países árabes da região não reconhecem o direito de existência do Estado judeu e Israel não aceita a coexistência simultânea do Estado árabe e do Estado judeu (como proposto inicialmente na convenção da ONU que criou Israel em 1948). Tanto Israel tem direito ao território já que os judeus o ocuparam em tempos remotos e de lá foram expulsos pelos romanos como os árabes que lá chegaram após as diásporas do povo judeu.

Acredito que enquanto durar a aliança Israel-EUA a paz ficará impossibilitada na Região, deste conflito injusto (em especial para a população libanesa) podemos tirar uma conclusão de certa forma irônica: Ariel Sharon e Yasser Arafat estão fazendo uma falta enorme, líderes bem preparados como eles nunca deixariam um conflito como este sequer começar, prova que as novas gerações não estão preparadas para finalmente selar a paz no oriente médio, local sagrado para os três maiores credos do globo, ironicamente, seria nesta parte do globo onde deveria haver mais paz e compreensão.



(*) Luiz Elias é estudante de direito. E-mail: luizelias_recht@yahoo.com.br