:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

segunda-feira, junho 12, 2006

Como conservar nossos livros

(*)Diorindo Lopes Jr.
Este foi o tema que dominou uma recente conversa que tive com um amigo, o escritor Marçal Aquino. Somos apaixonados por eles, mas vivemos em São Paulo, como protegê-los dos insetos e da fuligem que cinco milhões de carros e ônibus despejam diariamente na poluída atmosfera paulistana?
Não chegamos a qualquer conclusão, exceto a de limpá-los periodicamente e espalhar algumas bolinhas de naftalina pelas estantes. Mas o papo rendeu algumas lembranças.
-- Livro só serve para ocupar espaço e juntar poeira, seu...! Ele tem bronquite! - uma prima se aborreceu quando presenteei seu rebento com meia dúzia de livrinhos infantis.
Minha prima odeia livros, trauma de infância.
O máximo que se aproximou de um, a vida toda, foi durante uma briga no colégio. Alguém lhe acertou o nariz com Memórias de Emília e a napa inchou.
A biblioteca de Marçal é umas cinco ou seis vezes mais volumosa que a minha e ele já desistiu de ordená-la. Algumas vezes, compra um livro mesmo sabendo que já o tem, mas não se arrisca a procurá-lo em uma aventura pelas inúmeras estantes.
Quem é apaixonado por livros sabe como é isso.
A gente pega um, lembra-se de um trecho, encontra outro com outro trecho e acaba se esquecendo do que estava atrás quando começou a busca.
Eu até procuro organizar a minha: autores nacionais dum lado e estrangeiros do outro. Livros que ainda não li, empilho no chão - às vezes, os montes me servem de degrau.
Faz alguns anos, uma empregada cheia de boas intenções - talvez pretendendo um aumento na diária - resolveu dar uma ordem na biblioteca. Quando voltei à noite, juro, chorei no sofá.
Ela os havia ordenado por tamanho e cores das capas. Deixou minha estante parecida com uma gigantesca caixa de lápis de cor.
Felizmente, na época eu tinha menos da metade dos volumes que tenho hoje. Ainda assim, levei mais de ano para retornar cada um ao seu lugar.
Encerro com uma frase que Marçal contou que seu tio-avô vivia repetindo: Na vida, um Homem deve cuidar direito de seus dentes e dos seus livros.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Organizar os livros é tarefa árdua...como tenho poucos divido em 3 partes:uma p os de poesia,outras p os de temas diversas e outra p os do meu curso...por enquanto...
parabens pelo texto!

segunda jul. 17, 05:23:00 da tarde 2006  

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