Recado brasileiro
(*)Giordana Gomes de Moura
Numa corrida rumo à vitória, torcidas se desesperam ao clamar por seus times. Onze homens uniformizados, treinados para seguir uma bola e acertá-la no gol, movem multidões. Enquanto ocorre a partida, e até mesmo antes e depois dela, os torcedores liberam por total a energia, a fé, a agonia e muitas vezes a violência.
Para que haja um jogo de futebol, toda organização é necessária, desde a venda de ingressos correspondentes ao número de lugares disponíveis, até a reforçada presença de policiais para conter a expressa discórdia entre grupos rivais, por almejarem uma coisa só, uma vitória incindível. A algazarra aproveita a situação para se manifestar, e inicia-se aos pontapés, concluindo até mesmo em disparos de balas de fogo esta grave perseguição. Os policiais correm com seus “cacetetes” e os torcedores, tomados por uma ira perversa e irracional, brigam entre si, brigam com as grades, destroem estádios, pessoas, são destruídos, enfim, subvertem o verdadeiro sentido desta competição esportiva.
É incrível esse tipo de comportamento animalesco, brutal. Apesar de inadmissível, é de se indagar o que levaria seres que se dizem humanos a este tipo de prática deplorável. Talvez seja um efeito do desejo de fazer violência, do desejo de tê-la em suas redondezas, ou até mesmo uma revolta contra si mesmo, contra sua positiva insignificância. Os ditos seres destroem a festa, o sonho, a tradição; destroem as famílias, o mito; destroem vidas,vidas estas que ao destruírem o fazem sem temer,sem penar,talvez por pensarem que tais vivas são tão repugnantes e maléficas quanto as suas, ou talvez até por não pensarem nada.
A magia dos estádios nos dias de domingo, da garra envolvente dos jogadores, do apoio indispensável das torcidas, da alegria, do lazer, tudo isso está sendo -em um grito de guerra, num berro avassaldor- destruído.
Giordanadireito@hotmail.com
Numa corrida rumo à vitória, torcidas se desesperam ao clamar por seus times. Onze homens uniformizados, treinados para seguir uma bola e acertá-la no gol, movem multidões. Enquanto ocorre a partida, e até mesmo antes e depois dela, os torcedores liberam por total a energia, a fé, a agonia e muitas vezes a violência.
Para que haja um jogo de futebol, toda organização é necessária, desde a venda de ingressos correspondentes ao número de lugares disponíveis, até a reforçada presença de policiais para conter a expressa discórdia entre grupos rivais, por almejarem uma coisa só, uma vitória incindível. A algazarra aproveita a situação para se manifestar, e inicia-se aos pontapés, concluindo até mesmo em disparos de balas de fogo esta grave perseguição. Os policiais correm com seus “cacetetes” e os torcedores, tomados por uma ira perversa e irracional, brigam entre si, brigam com as grades, destroem estádios, pessoas, são destruídos, enfim, subvertem o verdadeiro sentido desta competição esportiva.
É incrível esse tipo de comportamento animalesco, brutal. Apesar de inadmissível, é de se indagar o que levaria seres que se dizem humanos a este tipo de prática deplorável. Talvez seja um efeito do desejo de fazer violência, do desejo de tê-la em suas redondezas, ou até mesmo uma revolta contra si mesmo, contra sua positiva insignificância. Os ditos seres destroem a festa, o sonho, a tradição; destroem as famílias, o mito; destroem vidas,vidas estas que ao destruírem o fazem sem temer,sem penar,talvez por pensarem que tais vivas são tão repugnantes e maléficas quanto as suas, ou talvez até por não pensarem nada.
A magia dos estádios nos dias de domingo, da garra envolvente dos jogadores, do apoio indispensável das torcidas, da alegria, do lazer, tudo isso está sendo -em um grito de guerra, num berro avassaldor- destruído.
Giordanadireito@hotmail.com
3 Comments:
Giordana, parabéns pelo seu texto uma descrição do que tem ocorrido nos estádios de futebol.
Bem recentemente vimos nos noticiários a vitória do flamengo na copa do Brasil. E ainda, a violência entre torcedores e policias que, confesso, me aterrorizaram, pois deveria ser um dia de muita alegria e não de empurrões, murros e pontapés. É incrível q no esporte um momento q deveria ser de lazer observamos, na verdade, muita violência. Penso que deveriam ser tomadas medidas a fim do término destes episódios de violência.
Oi Giooo!!!
"ESPORTE É VIDA"
Tudo isso que esta acontecendo nos estádios contradiz essa frase. O estádio hoje é uma arena, so q os gladiadores estão nas arquibancadas, enquanto os jogadores assistem esses atos de selvageria e violência gratuita.
O mais incrível, é q ninguem parece ter uma solução para isso, e se tem, esconde, pois deve estar lucrando com isso de alguma maneira.
Bjo pra tu Giooo!!!
Ângelo
Gio...
Você com seus ótimos textos como era de se esperar.
Acredito que o futebol (assim como todos os esportes) tem dois lados bem distintos, o da magia onde duas equipes tentam dar o melhor de si e o outro lado da violência deplorável que vemos não só em nossos país (já que é possível ver espetáculos reprováveis como estas em muitos países, inclusive nos ditos países desenvolvidos).
Espetáculos onde animais como os que protagonizam acessos de violência e brutalidade nada tem a ver com o futebol, esporte que deve ser guiado pelo que a FIFA chama de fair play (jogo limpo).
Isso não é futebol, é pura brutalidade vindas de mentes insanas e criminosas que buscam afirmar sua pretensa masculinidade com espetáculos que devem ser punidos e nunca esquecidos.
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