:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sábado, abril 09, 2005

Pela igualdade social

(*) Danielly Melo Alves


“Não tem como arrumar um emprego ‘mermo’, minha profissão é essa: roubar e matar” (fugitivo do presídio de segurança média de Mangabeira, em entrevista quando foi recapturado – 01-04-05)

Ao ver essa entrevista no programa Correio Debate, muitas indagações me vieram à mente. Por que não legalizar a profissão dos ladrões informais? Por que só os ladrões do “colarinho branco” tem garantias trabalhistas?
Nada mais justo do que legalizar a atividade dos ladrões pobres. É injusto que só os ladrões ricos, os que nos assaltam de forma mais sutil e conseqüentemente mais devastadora, tenham direitos garantidos.
Se alisarmos as duas atividades, veremos que não diferem muito no objetivo final que é massacrar o já tão sofrido povo, a diferença está apenas nos motivos e nos meios usados para nos roubar e matar. Enquanto um rouba a mão armada, muitas vezes, para alimentar seu estomago ou seu vicio, outro rouba, através de papeis legais, por “hobby” ou pra aumentarem seus já gordos patrimônios. Por que o que rouba por “hobby” ou para engordar seu patrimônio, tem sua atividade legalizada, enquanto o outro, o que precisa roubar para sobreviver ou por instinto mau mesmo, não tem sua atividade legalizada? Ambos os casos quem se prejudica sempre é o indecente, o inadimplente, o povo, que por pagar seus impostos e prestar suas obrigações de cidadão é castigado tanto pelas conseqüências da “atividade roubalheira” legalizada quanto pela “atividade roubalheira” informal. Mas convenhamos, quem manda o povo parar de usar suas faculdades mentais em época de eleição?
Deixando as ironias de lado, de certa forma o culpado dessa situação é o povo. Como estamos em uma democracia em que o povo exerce seu poder através dos seus representantes, esses representantes deveriam ser escolhidos pelo caráter e compromisso com a população, não porque o candidato pagou uma “cervejinha”, prometeu um emprego, ou deu R$ 10,00, essas atitudes tão conhecidas na época de eleições, só mostra o quanto o candidato que as praticam são corruptos e não estão disposto a trabalhar pelo bem comum, estão apenas querendo ingressar na profissão de “ladrão legalizado”. Quando o ladrão legalizado chega a ter sua “carteirinha” e começa a usar seus belos ternos pagos pelo seu auxilio paletó, ele esquece que foi eleito para trabalhar pelo bem comum. E a segurança é algo fundamental para o bem comum. Como eles esquecem de cuidar da segurança do povo, pois estão muito ocupados em engordar seus já “obesos” patrimônios, a “roubalheira informal” acaba crescendo e se proliferando rapidamente e mais uma vez quem sofre é o “danado” do povo que é roubado legalmente e informalmente.
Mas voltando a usar o tom irônico, e o principio da igualdade? O fato de não legalizar a “roubalheira informal” dos pobres vai contra esse principio.
VAMOS LUTAR POR UMA SOCIEDADE JUSTA!
QUE A “ROUBALHEIRA INFORMAL” DOS POBRES SEJA LEGALIZADA!
(*) Danielly é estudante de direito. e-mail: ellynda@hotmail.com