:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sexta-feira, março 25, 2005

Vamos mudar

(*) Danielly Melo Alves


Todos nós queremos encontrar um culpado para situação ridícula e deplorável em que o Brasil se encontra. São raras as pessoas que tentam encontrar uma solução, mas culpados são apontados todos os dias. Na verdade não existe um culpado.
O que ocorreu no Brasil foi uma prolongada e constate implantação de meios de alienação dentro da nossa sociedade que trouxe como conseqüência o que podemos denominar de ignorância política generalizada procedida de infundado medo de expor opiniões e exigir que seus direitos sejam cumpridos.
Esse processo de alienação ocorreu de varias maneiras.
Muitas vezes percebemos isto acontecer dentro da própria escola. Lugar que tem por objetivo formar cidadãos conscientes e repassar informações necessárias para que o “futuro cidadão consciente” possa viver em igualdade com os outros membros da sociedade. Em nosso país as escolas PÚBLICAS não funcionam desse jeito, pelo contrário, incentivam a inércia mental e a alienação política. Como em nosso Brasil a maioria da população tem apenas acesso à escola pública, essa alienação se torna algo generalizado e assustador!
Outra forma de disseminação da ignorância política é o incentivo da “paralisia cerebral”. Essa paralisia não traz danos físicos para quem a possui. As principais características da pessoa atingida por esse mal são exatamente a insuficiência vocabular, a ignorância cultural, moral e principalmente a política. O principal meio incentivador dessa “paralisia” vem sendo a deformação da nossa cultura. É fato que em se não em todas, mas na maioria das rádios brasileiras sempre tem no meio das músicas mais pedidas pelos ouvintes, aqueles tipos de música que possuem letras de nível pré-escolar, onde o “cantor” perde alguns dez minutos da sua existência na Terra, repetindo incansavelmente aquelas mesmas três “originais e difíceis frases”. Inconscientemente essas músicas servem para o enfraquecimento das habilidades mentais de quem escuta. Não é necessário refletir em algo que tem por objetivo fazer mexer o exuberante traseiro feminino. Logo, o cérebro adquire uma certa preguiça de raciocinar. Essa preguiça de raciocinar leva o individuo a não mais enxergar os problemas políticos do nosso país. É como se a maioria do povo fosse hipnotizado.
O problema da ignorância política do povo é o que faz o Brasil ser esse país de contrastes. O subdesenvolvimento não atinge apenas nossa economia, atinge até nossas mentes.
Para resolver essa situação seria necessária a união de quem ainda não foi “hipnotizado”. Se nós que somos imunes a esse mal, nos uníssemos em um trabalho conjunto de reabilitação política e cultural do povo, teríamos assim do nosso lado a maioria, logo poderíamos lutar juntos contra a corrupção, o sistema de apadrinhamento que os políticos insistem em manter até hoje e lutar principalmente pela igualdade social.
Esse ano é uma ótima oportunidade para isso. Se começássemos a agir logo que o processo de metamorfose política* começar a acontecer poderíamos reverter esse quadro deplorável e triste em que o Brasil se encontra em um período de tempo relativamente rápido. Não sejamos egoístas como o restrito grupo dominador do poder, vamos trabalhar na conscientização de nossos semelhantes, vamos mostrar a eles o quanto é bom investir em informações produtivas e ser capaz de enxergar os problemas sociais e lutar para que eles mudem.
A solução dos nossos problemas seria a união seguida de uma revolução**!



* Metamorfose política é aquele habitual processo de repentina mudança na forma de pensar e agir dos governantes eleitos assim que assumem o cargo.
** Quero deixar claro que não estou fazendo apologia a revolução que derrama sangue de pessoas inocentes, mas quando falo em revolução, sugiro uma revolução nas mentes, nos pensamentos, na atitude do povo.
(*) Danielly Melo Alves é aluna de direito do IESP. e-mail: ellynda@hotmail.com

1 Comments:

Blogger Luiz Elias said...

Ótimo texto dany, espero que sejas presença sempre frequente em nosso blog. Realmente, a mudança é ecessária, mas acho que num sistema estatal como o nosso, onde liberalismo (este sempre ruim) e Estado social confundem-se de maneira não satisfatória, é meio defícil uma mudança ser implementada por causa das elites nacionais parasitárias que vêem qualquer mudança com nenhum entusiasmo...

abrax

Luiz

sexta mar. 25, 12:44:00 da tarde 2005  

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