:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Devaneio Bélico II

(*)Giordana Gomes de Moura


Enquanto conversava com o filho caçula, a vizinha escuta um estrondo. Casas caindo em seqüência e pessoas correndo em desespero. As explosões eram muitas, consecutivas, perturbadoras e inviáveis, ilógicas, porém persistentes.
Zombava-se do choro, da correria embriagada daqueles seres que mais pareciam formigas em um açucareiro; conversas trocadas em tom de indignação e mais desespero, cada vez mais mortes rondavam as restantes vidas. O riso do descaso vinha do outro lado, do que ordena o mundo, que faz e desfaz caprichos impiedosos em busca de uma glória indecente.
Por ali eu corria, com lágrimas descendo até tocar aquele chão que mais parecia nos levar ao inferno descabido, ao inferno extremamente forçado, que não nos era merecido. Entre os sustos, os deslizes desentendidos e o mal-estar de ver cabeças separadas do restante do corpo espalhados pelas esquinas, derrotados de um sangue já podre, vi aquela criança deformada pela calçada, aparentando ter uns nove meses, no máximo. Era ainda um bebê, com a vida quebrada e com o terror expresso em seu último suspiro.
Pessoas caiam ao meu lado aos gritos, era o pior filme de terror que eu já tinha visto. E enquanto o desespero aterrorizante me consumia; via parentes se contorcendo pelas paredes em seus últimos movimentos dotados de um martírio impiedoso e de uma dor devastadora. O barulho parecia querer explodir minha cabeça e meu pai me surpreende partido em frente a uma feira livre: Era o final da razão!
O medo consumiu os ares, os arrepios indignados, mortíferos. A ordem econômica em totalidade gananciosa e vadia me proporcionava a grande desgraça de uma tragédia como danos irreversíveis e traumas existentes por toda uma eternidade. Mas a ordem sorri. Enquanto morremos em uma vida desesperadora, o sorriso dos responsáveis tem seu soado, sua discrição dotada de elegância. Cuidados com a feição para aparecer na em programas de tv e comentar a respeito de um esboço dotado de total mediocridade sobre nossa situação. Frieza sem inteligência, perdida, covarde, até quando tratou de seu próprio povo, em onze de Setembro.
(*)Giordana Gomes de moura.e-mail:giordanadireito@hotmail.com

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oi Gioooo!!!
Quanto tempo hein?!!...hehehehe!!!

Pois é...nesse mundo sempre quem paga o preço dos delírios megalomanicos das pessoas que estão no poder somos nos, pobres mortais.

Ei, aparece no messeng

quarta fev. 16, 10:58:00 da tarde 2005  
Anonymous Anónimo said...

gio parabens pelo seu texto!!!!!
bjos da sua amiga; Dharlyane

sexta fev. 18, 10:03:00 da manhã 2005  
Blogger Manoel Alencar said...

Olá, Giordana, como vai?
Gostei muito do teu texto. Essas são as consequencias do mundo capitalista, diferenças socias, robotização do ser humano, guerras... enfim, quem tem muito quer mais, quem nao tem nada quer sobreviver, somente. Eta, que pintura bonita essa.

Abraços.

domingo fev. 20, 05:28:00 da tarde 2005  
Anonymous Anónimo said...

Gio!!!
Muito massa teu texto! Concordo geral com ele!:D
Saudades de você, viu? Venha logo por aqui.
Beijos!
Samara

domingo fev. 20, 06:18:00 da tarde 2005  
Anonymous Anónimo said...

Ola querida!! Magnifico post...muito bem colocado dentro dos parâmetros politicos que nos encontramos hoje....Beijos e tenhas uma ótima semana!!

domingo fev. 20, 08:06:00 da tarde 2005  

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