:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sábado, janeiro 08, 2005

Fatos ocultos


(*) Luiz Elias Miranda


Os desenhos animados de hoje em dia não têm o mesmo brilho dos desenhos de antigamente, os “clássicos” são bem melhores embora não contem com os mesmos recursos tecnológicos e toda essa parafernália high-tech que a maioria dos estúdios de animação de hoje são munidos.
As pessoas que assim como pertencem à geração dos anos oitenta (uma das últimas que produziu cultura sem tanta influência do famigerado mercado consumidor e hoje em dia é taxada de “a era do trash”, mas que na verdade foi muito mais kitsch que trash), ou seja, se não chegaram aos vinte anos, estão bem perto de completá-los cresceram assistindo clássicos como He-Man, Jaspion, Pica-Pau, Giban, Jiraya e uma grande variedade de desenhos que nos programas infantis não mais são exibidos. Mas, nestes desenhos havia alguns detalhes estranhos que na maioria das vezes passavam despercebidos pela maioria das pessoas, eles estão listados abaixo.
He-Man: Ele era um tipo bem estranho, levava uma vida dupla, o príncipe Adam tinha o maior jeitão de “mocinha” apesar de bonitão e príncipe, não pegava ninguém. Totalmente oposto ao príncipe, vinha o He-Man, machão, totalmente anabolizado que despertava um desejo quase que sexual em Theela (que também despertava um certo desejo no príncipe Adam, só que ela não dava muito cartaz para ele). Provavelmente ele tinha um caso mal resolvido com o Esqueleto, de mais poderia vir tanto ódio? Ele devia ser sustentado pela feiticeira, sim, He-Man era gigolô, como explicar o fato de qualquer problema que acontecia ele ia correndo (muitas vezes até telepaticamente) pedir conselhos a ela.
Smurfs: Gargamel era totalmente viciado em LSD. O que mais justificaria um cara que passa a vida toda correndo atrás de “anõezinhos azuis”. Na verdade os Smurfs eram uma clara apologia ao marxismo, socialismo e comunismo; o nome era uma sigla que significava Socialist Men Under Red Father.
Pica-Pau: Na verdade ele era brasileiro, como se explicaria tanta malandragem num ser que tudo faz para burlar as despesas e sempre se dar bem? Provavelmente ele era cria legítima do bairro da Lapa (reduto boêmio do Rio de Janeiro) da época retratada por Nelson Gonçalves na música “história da Lapa” quando os malandros andavam soltos por lá.
Caverna do Dragão: Este sim um dos mais controvertidos desenhos que já circularam por aqui. Nunca ninguém assistiu ao fim daquela série, sobre todos paira a dúvida se Eric & cia finalmente chegariam em casa ou não. Sobre um certo final da série muitos boatos já circularam por aí, que eles haviam morrido na montanha-russa e aquela terra estranha era o inferno, que o Vingador e o Mestre dos Magos eram a até mesmo que eles poderiam ser a mesma pessoa ou que eles fossem pai filho. Na verdade o desenho nunca chegou ao final por falta de verbas, o orçamento que o estúdio destinou para toda a série só foi o bastante para dar cabo de setenta episódios.
Em suma, os desenhos de hoje cheios de histórias mirabolantes e efeitos de computador em nada se comparam aos desenhos que foram feitos na década de 80, a década do apogeu e início da decadência de nossa cultura.


(*) Luiz Elias é estudante de direito pela Universidade Estadual da Paraíba, está procurando desesperadamente uma pessoa que lhe venda algum disco do John Scofield, Scott Henderson ou Jaco Pastorius e quando crescer quer ser que nem o Diogo Mainardi. e-mail: luizelias.miranda@uol.com.br

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Zeca esse texto é bem sua cara e muito legal de ler, lembra-nos um pouco nossa infância, que foi sem sombra de dúvida a melhor época da minha vida, afinal quem nunca assistiu he-mam ou a caverna do dragão? Hoje, com o que o mundo chama de modernidade vejo crianças que apenas conhecem brincadeiras, desenhos de coisas muitas vezes até destrutivas e acabam colocando sempre muita violência dentro dos próprios lares de crianças que crescem com imagens de armas. Sei que nossa realidade não está muito diferente dessas armas, mas são apenas crianças, que mesmo sofrendo inocentes os desmandos da humanidade não têm culpa de terem se quer nascido. Só, que como eles vão ser quando crescer?
xero,
Jacke

sábado jan. 08, 09:29:00 da tarde 2005  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro Elias, o seu texto foi, para mim, muito esclarecedor, pois explica uma das minhas maiores indagações: Por que tem tanto GLS no mundo de hoje?
Pude concluir através do seu texto que muitas das “mocinhas” que temos hoje são frutos da influencia dos desenhos, partindo desse pré suposto, e se sua teoria estiver certa, confirma a minha suspeita de que a próxima geração será de psicóticos assassinos.

Aline Martins

domingo jan. 09, 12:57:00 da manhã 2005  

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