Um mundo sem leis
(*) Luiz Elias Miranda
Sempre tive a curiosidade, no passado, em saber para que as leis serviam, quando era guri, nunca achei uma utilidade para elas já que todos temos a distinção entre o certo e o errado, o bom e o mau, mas, a “coisa” não funciona bem assim.
Esta distinção entre bem e mau, certo e errado é muito subjetiva. Como este critério de distinção é muito volúvel, varia de pessoa para pessoa, seria necessário algum elemento que fizesse esta distinção para todos os “atores sociais”. Este elemento que oferece esta distinção obrigatória entre bem e mal são as leis, mas afinal, o homem precisa ser governado, precisa estar sempre submetido a uma autoridade que faça as leis?
Imagino a anarquia como o sistema ideal para viverem os homens. O capitalismo é por si muito desigual, o seu exarcebado espírito de competição cria uma espécie de “cadeia alimentar” humana. O capitalismo personifica as palavras de Thomas Hobbes, ele afirmava que o homem é lobo do próprio homem[1], além do que, é utópico pensar em democracia estando inserido num sistema capitalista.
O socialismo é muito perigoso, ele busca conduzir a sociedade a um modelo comunista, mas este processo seria conduzido por via de um governo totalmente centralizado, ou seja, o contrário do que a anarquia deseja. O socialismo é muito perigoso pelo fato de todos os regimes socialistas existentes até a atualidade, sempre acharam um jeito de burlar e fugir do programa anarquista, sempre terminaram transformando-se em regimes ditatoriais e altamente tecnocratas e, conseqüentemente, burocratizados. O socialismo não se firma pelo fato de o homem ser um animal que tem, inatamente, uma insaciável sede de poder, fazendo tudo por causa deste último.
A anarquia seria para mim o ideal, a anarquia seria o sistema de organização (se bem que a anarquia não pode ser considerada como um sistema de organização) mais perfeito jamais vislumbrado pelo homem.
Imaginem um mundo onde ninguém tivesse que se sujeitar à autoridade de ninguém, onde as pessoas se autogovernassem, onde não fosse necessária que nenhuma autoridade existisse para nos apontar deveres a serem cumpridos. A anarquia seria a prova de que o homem é o ser mais racional já existente.
Mas, apesar de toda esta perfeição, acho improvável que anarquia um dia “vinge”, o homem é um ser naturalmente egoísta. Por causa deste egoísmo latente é que se faz necessário o Estado para ordenar, subjugar e ordenar o homem embora muitas vezes ele funcione apenas como um catalisador deste desordenamento.
Esta distinção entre bem e mau, certo e errado é muito subjetiva. Como este critério de distinção é muito volúvel, varia de pessoa para pessoa, seria necessário algum elemento que fizesse esta distinção para todos os “atores sociais”. Este elemento que oferece esta distinção obrigatória entre bem e mal são as leis, mas afinal, o homem precisa ser governado, precisa estar sempre submetido a uma autoridade que faça as leis?
Imagino a anarquia como o sistema ideal para viverem os homens. O capitalismo é por si muito desigual, o seu exarcebado espírito de competição cria uma espécie de “cadeia alimentar” humana. O capitalismo personifica as palavras de Thomas Hobbes, ele afirmava que o homem é lobo do próprio homem[1], além do que, é utópico pensar em democracia estando inserido num sistema capitalista.
O socialismo é muito perigoso, ele busca conduzir a sociedade a um modelo comunista, mas este processo seria conduzido por via de um governo totalmente centralizado, ou seja, o contrário do que a anarquia deseja. O socialismo é muito perigoso pelo fato de todos os regimes socialistas existentes até a atualidade, sempre acharam um jeito de burlar e fugir do programa anarquista, sempre terminaram transformando-se em regimes ditatoriais e altamente tecnocratas e, conseqüentemente, burocratizados. O socialismo não se firma pelo fato de o homem ser um animal que tem, inatamente, uma insaciável sede de poder, fazendo tudo por causa deste último.
A anarquia seria para mim o ideal, a anarquia seria o sistema de organização (se bem que a anarquia não pode ser considerada como um sistema de organização) mais perfeito jamais vislumbrado pelo homem.
Imaginem um mundo onde ninguém tivesse que se sujeitar à autoridade de ninguém, onde as pessoas se autogovernassem, onde não fosse necessária que nenhuma autoridade existisse para nos apontar deveres a serem cumpridos. A anarquia seria a prova de que o homem é o ser mais racional já existente.
Mas, apesar de toda esta perfeição, acho improvável que anarquia um dia “vinge”, o homem é um ser naturalmente egoísta. Por causa deste egoísmo latente é que se faz necessário o Estado para ordenar, subjugar e ordenar o homem embora muitas vezes ele funcione apenas como um catalisador deste desordenamento.
Luiz Elias Miranda é estudante de direito pela Universidade Estadual da Paraíba.
"A democracia tem pelo menos um mérito, a saber, que um representante do povo não pode ser mais idiota que seus eleitores, já que, por mais idiota que seja, os outros são necessariamente mais idiotas ainda por tê-lo eleito”. Bertrand Russell (1872-1970), filósofo e matemático britânico.
3 Comments:
acho q ñ podemos nos acomodar com a situação em q se encontra o mundo e o modo pelo qual ele é governado, e nem desacretir na capacidade do ser humano de mudar essa situação, digo isso pq conheço pessoas, ou melhor empresários q administram suas empresas de uma forma diferente do atual, ou seja totalmente capitalista e egoísta, essas pessoas dividem o lucro da empresa em 3 partes: uma para o investimento da própia empresa, outra para a formação de homens novos e outra para pessoas nessitadas. E dentro da empresa os relacionamentos ñ são de patrão para empregado, mas sim de pessoa para pessoa, onde cada um é responsável pelo crescimento da empresa e pelos relacionamentos construídos.E eu acredito q eu, mesmo sem ter uma empresa posso no meu mundinho tb mexer meus pauzinhos para mudar coisas.
um abraço, silvia
Sim Silvia, eu conheço relativamente bem a aconomia de comunhão pelo fato de ser do focolare há mais de 10 anos. É uma idéia muito bacana e revolucionária, mas venhamos e convenhamos que empresas como estas são uma minoria, a regra é do capitalismo selvagem sem nenhum sentimento, infelizmente. Também acredito que tudo pode ser diferente, tudo depende do próprio homem, é justamente isso que dificulta tudo.
grande abraço
Luiz
Elias,
O anarquismo é evidentemente um modelo interessante, atraente até para aqueles que não se satisfazem com a maneira como o Estado controla as relaçoes entre os individuos, mas é utópico pensar nesse modelo colocado em prática em um mundo de seres que em sua grande parte "raciocinam de maneira irracional..." Fazem da simplicidade da vida uma baderna tremenda e um desrespeito mútuo,não se conscientizando que são seres humanos, comportando-se pior do que qualquer ser "irracional". Se o homem em si executasse seu papel humano, de ser racional que é, aí sim seria exequível a prática de um modelo dessa estirpe.
bjos,Gio:*
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