:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sábado, dezembro 04, 2004

Natal, a grande festa do... Capitalismo?!

(*) Luiz Elias Miranda
Ah, dezembro... Por onde você passa, sempre vê enfeites natalinos pendurados por todos os cantos, árvores, bolinhas coloridas, aquelas músicas natalinas, pessoas vestidas de papai Noel, nos shoppings as decorações a cada ano estão mais e mais aperfeiçoadas (em alguns, tem a até neve artificial). Todo esse clima e estes preparativos são para saudar aquele que veio ao mundo exclusivamente para nos salvar... O décimo terceiro salário!
Brincadeiras à parte, o natal seria uma grande festa com um fundo religioso grandioso se não sofresse a imensa e desprezível poluição do capitalismo. O natal tem uma intenção muito singela e bonita que a de celebrar o nascimento do redentor do cristianismo, é uma festa singular entre as religiões monoteístas. Entretanto, o capitalismo (como sempre), vê numa festa que nada teria de comercial uma oportunidade de bons negócios e transforma o natal numa negociata.
As lojas nesta época sempre fazem paródias das famosas músicas natalinas, sempre com alguma modificação que induza ao consumo. Fica sempre explicito nestas campanhas que o importante no natal não é a comemoração que deu origem à festa originalmente, mais importante que estas “bobagens” é presentear as pessoas que se gosta, ou seja, importante é gastar e presentear, os valores transcendentais (Gio que me perdoe pelo plágio) ficam relegados para um momento em que não se tenha nada melhor o que fazer.
Não que eu seja contra presentear e ser presenteado, o que, aliás, é muito bom, principalmente ser presenteado, mas é que tenho plena convicção de que o mais importante no natal não são presentes ou novas roupas. Para mim o natal (independente de filiações religiosas) é um momento singular do ano onde temos que tecer reflexões sobre nossas ações, pensar no que acertamos, o que erramos para que no ano que se aproxima, possamos ter ações mais acertadas que no ano anterior e um momento de confraternização entre todas as pessoas.
Mas, ao contrário do que devia ser, o “comercialismo” vê o natal como a melhor oportunidade do ano para se ter lucros, por isso que tantos investimentos em decoração, novos estoques e contratações temporárias. Não que isto não seja importante, mas o fator econômico, em meu ver, é bem mais insignificante que os fatores que listei mais acima. É importante ter lucro, mas transformar literalmente uma festa desta natureza em um verdadeiro “orgasmo lucrativo” não é justificável.
(*) Luiz Elias Miranda é acadêmico de direito pela Universidade Estadual da Paraíba e tem um desprezo visceral pela Maria Rita e por Harry Potter.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oi! gostei muito do seu texto e concordo com o q vc espôs. Infelizmente é isso q vem acontecendo em todos os natais e para variar o capitalismo é novamente o vilão, q vem transformando as datas especiais em comemorações superficiais.
um abraço. silvia

sábado dez. 04, 05:20:00 da tarde 2004  
Anonymous Anónimo said...

fala Elhias!!! Voce mais uma vez emitindo sua opiniao, e como sempre muito sensata. Nao e à toa que és essa pessoa tão maravilhosa e inteligente, mas sem perder a educação!! Continue assim.
Beju! Paôlla

terça dez. 07, 12:23:00 da tarde 2004  
Anonymous Anónimo said...

Criou-se comemoração para tudo, nao mais em valor daquela simbologia, daquele momento, mas sim dos presentes, dos bens materiais que sao o combustivel do capitalismo. É interessante presentear e ser presenteado, mas n podemos colocar essas coisas como prioritarias pq assim estariamos perdendo a oportunidade de ver as melhores coisas que existem e que o dinheiro n pode comprar; coisas que vao alem d eobjetos, de presentinhos, coisas que so se podem sentir. Que a cultura do presentear não se sobreponha ao valor fundamental da epoca natalina(acho que essa indagação chegou atrasada...)Ah!e qto ao plagio eu perdoa, afinal ja copiei d eoutra pessoa e vc sabe quem eh neh...nosso sábio amigo prolixo...:)
xero Elias!até!!Gio

quarta dez. 08, 06:00:00 da tarde 2004  
Anonymous Anónimo said...

tah mto legal seu texto!!!
Parabéns!!!
(pequeno comentario: sou defensora de Harry Potter. tive a oportunidade de ler o primeiro livro e achei mto criativo. pensei q vc gostasse desse tipo d historia. Já "o senhor dos aneis"... to brincando. tbm deve ser mto bom. estou esperando vc me emprestar rsrsrsrs... ) Rafaela Freitas

quinta dez. 09, 02:05:00 da tarde 2004  
Blogger Luiz Elias said...

Bem Rafa, apesar de não gostar de Harry Potter, não recrimino quem gosta, é normal haver pessoas com gostos diferentes. O que eu critico na J. K. Rowling é o fato de ela criar uma história com puro tino comercial.

sábado dez. 11, 03:07:00 da tarde 2004  

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