:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

terça-feira, novembro 16, 2004

De Votos e Atitudes

(*)Manoel Neto


Um dos principais problemas que impedem um crescimento econômico e social no Brasil atualmente é a corrupção. Pseudopolíticos se candidatam a algum cargo político simplesmente para ter quatro anos de dinheiro fácil. E o mais perigoso de tudo isso, é que, o povo é quem patrocina isso.
Patrocina fazendo mau uso do seu maior instrumento enquanto cidadão pertencente a uma sociedade democrática: o voto. Vemos hoje, eleitores escolhendo seus candidatos com critérios que passam muito longe dos que deveriam ser adotados para se escolher o melhor candidato a ocupar um cargo político. Muitos vêem a época da eleição como uma micareta, uma festa, ou uma disputa Vasco e Flamengo, e não somente o povo, mas os próprios pseudopolíticos alimentam isso, fazendo das eleições simples festas, e fazendo tudo que está ao seu alcance para que o povo sempre veja essa época, tão importante para a democracia, dessa maneira distorcida.
A política é a ciência da administração do bem comum. Esse bem comum que se fala, é a própria comunidade, que o político se responsabilizou para tomar decisões e agir sempre para o bem de todos. Enquanto ciência, tem-se um estudo aprofundado sobre isso, então, uma pessoa que pretende se eleger a algum cargo político, deve ao menos ter um conhecimento regular/alto dela, e deve também ter uma linha de raciocínio sobre o que e como pretende fazer, o candidato tem que ter um ideário, e fazer parte de um círculo que chegue mais próximo das suas idéias, para isso existem os partidos. Mas nós vemos políticos que um dia estão em um partido neoliberal e em outro dia em um partido socialista, quer dizer, esse cidadão está querendo realmente alguma coisa com a política que não seja algo para o seu próprio bem? Será que o que levou esse cidadão a entrar na vida política foi unicamente e exclusivamente o desejo de fazer algo para o crescimento da comunidade e para o bem geral do povo? Digo como dois mais dois são quatro que não.
E o que se fazer para mudar isso? Fazer uso do seu instrumento: o voto. Muitos dizem que vão votar em Maloney¹ por ele ser mais humano, mais educado, mais carismático. Gente, isso não é concurso de Miss Brasil, nós temos que votar no candidato mais preparado, no que realmente queira fazer algo pelo povo, e pelo povo todo, não somente no em quem votou nele, no que tenha feito sua campanha com ética e responsabilidade, sempre se preocupando em mostrar seus planos e objetivos, e não em atacar os adversários, temos que votar no melhor candidato, não no “menos ruim”, e se, dos candidatos a disposição, não houver nenhum que preencha esses requisitos, vamos votar nulo.
O voto nulo é algo como; “nenhum serve, então não quero que nenhum seja eleito”, que é diferente do voto branco que é algo como, “tanto faz”. E segundo o Artigo 224º §1º e §2º do Código Eleitoral Brasileiro², se 50% dos votos forem nulos a eleição deve ser cancelada e marcada outra que, dependendo do Tribunal, poderá ser com outros candidatos.
Esse é um direito nosso que poucos têm conhecimento. É uma arma para tirarmos do poder esses pseudopolíticos que só querem se aproveitar. Nós sabemos que, o pior dos cegos é aquele que não quer ver, nós temos como mudar, basta querer, e a maneira é, repito, votando certo, inclusive, sabendo distinguir amigo de político, votaremos em amigos se os mesmos merecerem, não por uma simples troca de obséquios.
Faça bom uso do seu voto, para que possa colher os bons frutos.

________________________
¹ Com perdão ao meu amigo Luiz Elias pela cópia

²Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.

§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição dos culpados.


(*)Manoel César de Alencar Neto(Mané): É estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Objetivo Guarabira.
e-mail: netoalencar@uol.com.br

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Vc tocou de forma direta em um ponto interessante,na função do Estado, como soberano,acompanhado por um modelo que chamamos de política,de gerir a coletividade em prol de realizar a satisfação do bem comum,aquele bem coletivo encapado de carater público. no entanto não é o que vemos na prática ;a função da maquina estatal se distorceu se plasmando na organização de um sistema que se sustenta em fraudes e negociatas...é a era da aberração da política ou melhor dizendo,dos políticos berrantes...Muito bom seu texto...viajei um pouquinho no comentário mas vc perdoa neh!
Até!!
Gio

sexta nov. 19, 07:43:00 da tarde 2004  
Blogger Luiz Elias said...

Grande texto Manoel, falando nisso, tem toda a permissão para me copiar, é verdade que a maioria de nós vota por conveniência ou nem faz idéia em quem está a votar. Só não concordo muito contigo quando fals que vivemos numa democracia, eu não acredito nisto, a democracia, atualmente, não existe em país algum, a verdadeira democracia é aquela exercida diretamente "pelo povo e para o povo". O que existe hoje seria apenas a "ditadura da super-estrutura do poder constituído". Tenho certeza que também viajei no comentário, mas não é todo dia que eu tô inspirado assim...

abraços

Luiz Elias

sábado nov. 20, 09:31:00 da tarde 2004  

Enviar um comentário

<< Home