:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

sábado, março 19, 2005

Pompa de comunista, conta bancária de capitalista

(*) Luiz Elias Miranda



Em janeiro 1959, após alguns anos de luta embrenhados nas florestas de Sierra Maestra, os jovens Ernesto “Che” Guevara e Fidel Castro (os dois provenientes de famílias abastadas, o primeiro era médico e o segundo advogado) auxiliados por forças milicianas, conseguiram derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista e iniciaram a tentativa da implantação de um governo comunista, fato que desagradou bastante os Estados já que a ilha era quase um protetorado seu e nela havia vários investimentos, inclusive uma base militar.
Com o passar dos anos, o que pode ser visto em Cuba variou bastante, da euforia dos anos que, com ajuda financeira da União Soviética (que comprava todo seu açúcar e remetia uma ajuda financeira estimada em cerca de US$ 50 milhões) Cuba consolidou-se como o país que possuía uma dos melhores sistemas educacionais do continente e os melhores médicos do mundo só restou lembranças. Com o fim da U.R.S.S. em 1991, toda a ajuda financeira foi suspensa e o país começou a mergulhar num abismo que parece não ter fim. O país que em tempos passados tinha a melhor educação do continente, hoje em dia vê seus profissionais mais qualificados tentarem, desesperadamente, fugir para Miami, suas taxas de analfabetismo crescerem ano a ano, suas idades urbanisticamente estarem congeladas e passarem a impressão que ainda vivem na década de 50 e a prostituição consumindo a vida de muitos de seus jovens.
A situação de Cuba, um dos últimos asquerosos governos que usurparam o termo comunista para constituírem ditaduras totalitárias de esquerda como eram os governos dos países do leste da Europa, da África e da Ásia, não é nenhuma novidade. O que impressiona é um mero detalhe divulgado pela imprensa na última semana, na onda das listas das pessoas mais ricas do mundo, a revista americana Forbes “ranqeou” os chefes de Estado mais ricos do mundo, até aí nada de mais. O que causa espanto é que ao lado de chefes como o Sultão de Brunei, a rainha Elizabeth II e o príncipe da Arábia Saudita esteja o “velho barbudão” (Fidel Castro).
Afirmar que um país seja comunista não implicaria o (pelo menos virtual) nivelamento salarial dos habitantes de um certo país? Então como Fidel conseguiu acumular cerca de quinhentos e cinqüenta milhões de dólares? Obviamente que as pessoas em Cuba não estão ganhando tão bem assim (pelo menos se trabalhares em alguma atividade lícita). O fato é que Fidel, aproveitando suas prerrogativas de chefe absoluto para lucrar com contratos estatais e outras atividades, legais ou não.
É com essas “pequenas coisas” que me desanimo e cada mais acredito que nunca poderá haver um governo realmente socialista ou comunista na terra enquanto o homem for dotado desta insaciável sede de poder e dinheiro. Talvez haja uma esperança lá no fim do túnel, quando as baratas dominarem a terra.
(*) Luiz Elias é estudante de direito. e-mail: luizelias.miranda@uol.com.br