MST, a ordem e o caos
(*) Luiz Elias Miranda
[1] Prática agrícola em grandes propriedades rurais, com a implementação de alta tecnologia, mão-de-obra qualificada e elevados índices de mecanização.
Muitos acreditam ser o MST (movimentos dos trabalhadores sem-terra) um dos grandes geradores de badernas e demais afins ligados a um sinônimo de bagunça. Essa afirmação não deixa de ter um certo fundo de verdade, entretanto, algumas coisas devem ser esclarecidas, o MST é um dos mais legítimos movimentos sociais existentes em nosso país.
A criação do MST remonta a um passado não muito distante, o que serviu de embrião para o MST foram as ligas camponesas, um movimento popular surgido na década de 60 no nordeste com o entusiasmo com o estatuto do trabalhador rural e com as anunciadas “reformas de base” prometidas por Jango, encabeçado e apoiado por líderes políticos como Francisco Julião, Miguel Arraes, Celso Furtado (nesta época, superintendente da SUDENE do governo João Goulart), Agassiz Almeida e tantos outros políticos nordestinos.
Pelo passado do MST, percebe-se que ele não é simplesmente este órgão de baderna institucionalizada conduzido pelo João Pedro Stédille, este sim, um baderneiro de primeira classe.
A grande questão é o uso ideológico deste movimento, uma grande polêmica ideológica e vários oportunistas de caráter no mínimo duvidoso circundam o movimento dos trabalhadores sem-terra.
Antes de tudo, tratam a questão da concentração fundiária como se fosse um problema econômico. Esta é uma problematização totalmente errada, a concentração fundiária no Brasil é um latente problema social que há séculos aflige nossa sociedade e não um problema econômico como muitos insistem em afirmar. Não uma questão econômica pelo fato de a agricultura que gera lucro no país é o agronegócio[1] e as famílias que compõem o MST, em sua completa totalidade, tem a intenção de praticar agricultura familiar, prática que não dá lucro nenhum, ao contrário, dá prejuízo muitas vezes.
Um dos grandes desafios para o governo, que vem desde a gestão FHC implementando um programa de assentamento rural, é manter as famílias assentadas no campo, mas não tem obtido muito êxito neste ponto. Como a maioria das famílias assentadas é pobre, não têm dinheiro para arcar com o ônus que acompanha a agricultura, como não obtém ajuda governamental, essas famílias acabam vendendo a terra e regressando aos quadros do movimento ou tendo as terras tomadas pelos serviços de execuções dos bancos que financiam os custos dos plantios e não são pagos pelas famílias.
A prática errada que vem assomar-se a este quadro desolador é que o governo vem acobertando e até financiando práticas não justificáveis do MST tais como invasões a propriedades produtivas ou até mesmo invasões a propriedades que nada tem de rurais como eu mesmo já vi.
Enquanto oportunistas e pseudoideólogos (leia-se João Pedro Stédille) compuserem os quadros do MST, ele não passará de uma gangue de baderneiros que envergonha a memória dos já saudosos e causam desilusão nos que um dia tiveram a idéia de fundar um movimento social que ansiasse lutar contra a concentração fundiária que há séculos afirma-se como mais uma das chagas sociais em nosso país.
A criação do MST remonta a um passado não muito distante, o que serviu de embrião para o MST foram as ligas camponesas, um movimento popular surgido na década de 60 no nordeste com o entusiasmo com o estatuto do trabalhador rural e com as anunciadas “reformas de base” prometidas por Jango, encabeçado e apoiado por líderes políticos como Francisco Julião, Miguel Arraes, Celso Furtado (nesta época, superintendente da SUDENE do governo João Goulart), Agassiz Almeida e tantos outros políticos nordestinos.
Pelo passado do MST, percebe-se que ele não é simplesmente este órgão de baderna institucionalizada conduzido pelo João Pedro Stédille, este sim, um baderneiro de primeira classe.
A grande questão é o uso ideológico deste movimento, uma grande polêmica ideológica e vários oportunistas de caráter no mínimo duvidoso circundam o movimento dos trabalhadores sem-terra.
Antes de tudo, tratam a questão da concentração fundiária como se fosse um problema econômico. Esta é uma problematização totalmente errada, a concentração fundiária no Brasil é um latente problema social que há séculos aflige nossa sociedade e não um problema econômico como muitos insistem em afirmar. Não uma questão econômica pelo fato de a agricultura que gera lucro no país é o agronegócio[1] e as famílias que compõem o MST, em sua completa totalidade, tem a intenção de praticar agricultura familiar, prática que não dá lucro nenhum, ao contrário, dá prejuízo muitas vezes.
Um dos grandes desafios para o governo, que vem desde a gestão FHC implementando um programa de assentamento rural, é manter as famílias assentadas no campo, mas não tem obtido muito êxito neste ponto. Como a maioria das famílias assentadas é pobre, não têm dinheiro para arcar com o ônus que acompanha a agricultura, como não obtém ajuda governamental, essas famílias acabam vendendo a terra e regressando aos quadros do movimento ou tendo as terras tomadas pelos serviços de execuções dos bancos que financiam os custos dos plantios e não são pagos pelas famílias.
A prática errada que vem assomar-se a este quadro desolador é que o governo vem acobertando e até financiando práticas não justificáveis do MST tais como invasões a propriedades produtivas ou até mesmo invasões a propriedades que nada tem de rurais como eu mesmo já vi.
Enquanto oportunistas e pseudoideólogos (leia-se João Pedro Stédille) compuserem os quadros do MST, ele não passará de uma gangue de baderneiros que envergonha a memória dos já saudosos e causam desilusão nos que um dia tiveram a idéia de fundar um movimento social que ansiasse lutar contra a concentração fundiária que há séculos afirma-se como mais uma das chagas sociais em nosso país.
[1] Prática agrícola em grandes propriedades rurais, com a implementação de alta tecnologia, mão-de-obra qualificada e elevados índices de mecanização.
(*) Luiz Elias é estudante de direito pela Universidade Estadual da Paraíba. e-mail: luizelias.miranda@uol.com.br
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