:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

quarta-feira, março 30, 2005

Mudança de visual

(*) Danielly Melo Alves

Ao passarmos peles prédios públicos de muitas cidades, percebemos algo interessante. Veremos que a maioria desses prédios está mudando de cor! Não parece para nós, que infelizmente nos conformamos em ser meros espectadores do governo da elite, que tais mudanças, que a princípio, demonstra ser apenas de caráter estético, algo tão urgente que faça com que os novos administradores públicos se preocupem em fazê-las tão rapidamente.
Se fomos analisar essas mudanças com mais precisão, veremos que não são apenas de caráter estético, verificaremos que há um sentimento de “quem manda agora aqui sou eu” em tais modificações das cores das fachadas dos prédios públicos.
Não é mera coincidência que as novas cores desses prédios sejam exatamente as cores da campanha política dos novos administradores públicos (chegando a esse ponto queremos deixar claro que não estamos querendo criticar nem “a” nem ”b”, pois nosso objetivo é apenas analisar esse fato comum a todos os políticos quando chegam ao poder) é exatamente pelo instinto que eles impõe que os prédios e até mesmo o fardamento dos alunos das escolas públicas sejam da cor da sua campanha, esse instinto se assemelha com o do animal que garante seu território de maneiras mais variadas e engraçadas também (como demarcar seu território através da urina). E é através da mudança de cor que eles fazem com que, o povo e seus adversários políticos, lembrem-se de que quem possui o poder agora são eles.
Classificamos essa atitude de tais governantes como no mínimo pueril. Não que reformas nos prédios públicos sejam desnecessárias, mas porque cremos, que o grande objetivo de uma oposição quando chega ao poder é exatamente mudar o sistema degenerado e sujo que havia na administração anterior e trazer de volta ao povo, que lhe deu um voto de confiança, a dignidade de viver sem o peso e as conseqüências de atos de corrupção em sua cidade ou estado.
Na realidade tudo isso não passa de uma observação. O que queremos mostrar com toda essa análise é que não adianta tentar “demarcar território” o que o povo deseja é trabalho, mudanças positivas, não só na estética, mas também no sistema de governo.
E ainda queremos deixar o apelo para aqueles que ainda se iludem com “mudanças de visuais” Queremos que vocês percebam o quanto é importante ter uma sociedade dinâmica, uma sociedade que vá a luta para que seus direitos e garantias possam ser cumpridos por quem deve e que propagandas e sorrisos simpáticos não vos iludam, pois o que interessa são as mudanças de caráter administrativo, mudanças que possam ser positivamente sentidas pelos membros da sociedade.
Não adianta ficarmos esperando milagres, o que temos que fazer é estarmos sempre atentos aos atos dos administradores públicos, pois qualquer deslize que eles derem, quem sofre as conseqüências sempre é o povo, que apesar de ser maioria é vítima desse sistema de constate corrupção e metamorfose política.
Por fim, o que importa não é a cor do prédio, mas como o prédio está sendo organizado e quais as atitudes o administrador está tomando, se são maléficas ou benéficas ao povo.
(*) Danielly é estudante de direito do IESP. e-mail: ellynda@hotmail.com