:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

quinta-feira, agosto 18, 2005

Guerra



(*) Luiz Elias Miranda


A guerra é uma das mais antigas atividades humanas, afirmam que a prostituição é a mais antiga das profissões, se for verdade isso, a guerra é uma das mais antigas ocupações; a prova disto é que quando os soldados voltavam das guerras, iam comemorar as vitórias com as prostitutas.
Desde estes tempos, a guerra já mudou muito eu perfil, antes só quem morria eram os militares (ou mercenários já que nem todos os Estados tinham um exército organizado), o século XX marcou uma mudança brusca no modo de fazer guerra, até a primeira metade do século passado o inimigo sempre era determinado, ou seja, ele tinha “um rosto”, com o advento da era do terror não mais isto é verdade.
Até a primeira guerra mundial (1914-1918), as batalhas ficavam restritas a um determinado território designado como ‘campo de batalha’, este tipo de guerra era designado como guerra de posições já que o avanço territorial era muito pouco de ambos os lados. Apesar deste conflito ser muito parecido com as guerras travadas no século XVII e XIX (homens a cavalo, armados com baionetas e espadas e combatendo ‘corpo a copo’) já eram perceptíveis algumas inovações tecnológicas da “industria da morte” como os tanques de guerra, metralhadores, granadas e a guerra aérea (motivo que levou Santos Dummont ao suicídio). Foi a partir deste conflito que os industriais perceberam que a guerra era um ótimo negócio.
A segunda guerra mundial (1939-1945) trouxe um verdadeiro aparato tecnológico para o campo de batalha. Em termos de estratégia também houveram grandes inovações, a Alemanha nazista trouxe “ares novos” ao campo de batalha quando fez ressurgir dos tempos de Bismarck (chanceler que unificou a Alemanha no século XIX) os pactos de não-agressão quando assinou o acordo de não-agressão mútua com a União Soviética. Houve também o surgimento do que foi chamado de BlitzKrieg (guerra-relâmpago), de uma vez o exército atacava pela terra, pelo ar e pelo mar, sendo assim, uma coisa avassaladora. Esta guerra também marcou o fim dos campos de batalha, a prova disto é que foi a guerra que mais vitimou civis.
Após a segunda guerra mundial os conflitos não pararam de guerras civis (como a da Nicarágua), a guerras de fragmentação nacional (como a guerra do Iugoslávia) e agora infelizmente sempre com os civis como “alvos prioritários”.
Alguns chegaram a afirmar que o século XXI apenas começou após o onze de setembro. O terrorismo foi um prática que existiu desde o século XIX, perpetuado por todo o século XX na Espanha (pelo ETA), no Reino Unido (pelo IRA), no oriente médio (pela OLP e outros grupos terroristas) e por outros grupos que acreditam que a luta armada e disseminação do terror é a melhor forma de alcançar seus objetivos. A era do terror iniciada em 2001 marca uma modificação da guerra, os inimigos a partir deste momento não mais têm um “rosto” nem uma nacionalidade definida podendo ser qualquer pessoa que transita em qualquer parte do mundo. A guerra contra o terror é uma nova fase desta que é sem dúvida alguma, a mais antiga ocupação do ser humano em geral, trazer a morte e o sofrimento a seu semelhante.



(*) Luiz Elias é estudante de direito, e-mail: luizelias_recht@yahoo.com.br