:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

terça-feira, outubro 03, 2006

Um golpista sem farda


(*)Diogo Mainardi
"Quem é pego com dinheiro sujo deve serpunido. Os lulistas sabem que o Tribunal Superior Eleitoral acabará cassando omandato de Lula. É a lei. Se o golpe é legal,a defesa da legalidade só pode ser golpista"

Estou aqui. Em Jacarepaguá. Rede Globo. Comendo bisnaguinhas com presunto e queijo. Quantas já comi? Seis? Sete?
Faltam duas horas para o debate eleitoral. Lula acaba de mandar uma mensagem à Rede Globo. A mensagem diz: "Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões". Foi só para isso que eu vim a Jacarepaguá. Para ver Lula na arena. Ele desistiu no último momento. Chegou a mandar sua lista de convidados. De todos eles, eu só queria ter visto sua secretária particular. A mulher de Oswaldo Bargas. Preciso parar de comer bisnaguinhas com presunto e queijo.
Entro no auditório. Quem é aquele? Gabriel Chalita? Fiz um artigo a respeito dele. Quem é aquele outro? Ricardo Noblat? Sei de uma história dele dos tempos da Propeg. Geraldo Alckmin está acenando para mim ou para a Paula? É para a Paula. Chegou o Tasso Jereissati. O irmão dele está me processando. Viu o cabelo do Alberto Goldman? Errou a tintura.
Começa o debate. Fala Cristovam Buarque. Fala Geraldo Alckmin. Fala Heloísa Helena. Réplica. Tréplica. Lula faz falta. O repórter na minha frente anota sem parar. Olho meus papéis. Só há uma anotação: Chiquinho 97626382. É o celular do motorista. No fim do primeiro bloco, telefono para o Chiquinho e volto correndo para casa.
Quero que Lula perca. Mas perder ou ganhar é igual. Se ele perder, tem de ser cassado. Se ele ganhar, tem de ser cassado. O comando da campanha eleitoral de Lula foi pego com dinheiro sujo. Quem é pego com dinheiro sujo deve ser punido. Os lulistas sabem que o Tribunal Superior Eleitoral acabará pedindo a cassação do mandato de Lula. É a lei. José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Ricardo Berzoini e Tarso Genro já declararam que aplicar a lei contra Lula é golpe. Tarso Genro alertou para o risco de um "golpe branco", um "golpe eleitoreiro", um "golpe jurídico", um "golpe brando". Na última quinta-feira, num artigo publicado no Globo, ele chegou até mesmo a chamá-lo de "golpe legal". Se o golpe é legal, a defesa da legalidade só pode ser golpista. E a defesa da ilegalidade só pode ser democrática. Depois de legitimar o roubo, o lulismo está conseguindo legitimar o golpe de Estado. Se é assim, eu sou golpista. Um golpista sem farda. Um golpista sem tanque. Um golpista sem bala.
O golpista Mainardi se entrincheira com seus leitores. Do outro lado da barricada, o lulismo. Falta-nos apenas um comando. Um general bigodudo e truculento. O segundo mandato de Lula será melhor do que o primeiro. Pelo menos para nós, golpistas. Um fato nós já sabemos com certeza: está rolando um bocado de dinheiro sujo na campanha eleitoral. Aquele mesmo dinheiro sujo que seria usado para comprar o depoimento fraudulento dos Vedoin. Procurando um pouquinho, no segundo mandato poderemos encalacrar um petista por semana.
O golpe dará certo.

1 Comments:

Anonymous antonio jesus silva said...

professor Eduardo de Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB).

quinta abr. 16, 11:06:00 da tarde 2009  

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