:::Fantoches nunca mais::: "Alea jacta est!"

Política,sociedade e cultura.Para resumir em três tópicos seriam estes os temas pelos quais queremos sempre gerar uma polêmica ou expor nossos pensamentos.Todavia, no blog também há espaço para as coisas do coração,da alma e da vida que enxergamos de maneira peculiar e reagimos de maneira muito mais ímpar ainda.Aqui está aberto o espaço para nossas idiossincrasias.Boa leitura

terça-feira, março 28, 2006

Cara valente

Deparei-me no início do mês com uma notícia irritante estampada nas páginas no jornal.Era um relato sobre violentas ameaças sofridas por um grande nome jurídico da região, ameaças estas enviadas por pessoas acusadas de cometer determinados crimes, que estariam inconformadas com tais denuncias que foram imputadas décadas atrás. Ao me deparar com o conteúdo daquelas linhas tive a sensações desagradáveis: angústia, impotência e revolta! Parei e fiz uma reflexão.
Pensamentos que rondavam aquela conturbada mente me faziam questionamentos diversos. Com indignação me perguntava até onde vai nossa segurança. Não tememos tanto os desastres naturais, os acidentes, as doenças, tememos mais, tememos a intenção dos próprios seres humanos, uns em relação aos outros. Fiz uma retrospectiva das minhas interpretações em relação àquele ameaçado. Antes de conhecê-lo pessoalmente eu apenas reproduzia opiniões alheias a seu respeito. Achava-o um sensacionalista, determinado a se auto promover através do desvario alheio.Entretanto,após uma convivência profissional puder ver naquele “exibicionista”, nada mais que um homem valente. E quantos homens valentes temos, que arriscam sua vida para favorecer todo um ciclo social extremamente ingrato? Quem é valente a ponto de lutar com todas as suas armas pela justiça, não por sentimentos vadios, mas só por uma sede que lhe contrai o coração baiano e agitado, guerreiro e simples, um amor que é real à profissão.
Com todas as aprovações nos mais diversos concursos, vindo de berço humilde, de espírito batalhador. Recruta, sargento...jurista admirável. Não falo em perfeição, pois não a encontro nem mesmo em canções de Tom ou telas de Picasso, quem dirá em um ser que é humano? Falo em admiração, indignação! Falo em solucionar essa ameaça impertinente, desprovida de coragem, pois valentia é para poucos, muito poucos.